Exposição destaca vanguardismo de Paraty em participação comunitária e sustentabilidade

Paraty

Por Felipe Mortara 📸 @casadaculturaparaty

O meio ambiente é uma temática que permeia qualquer atividade cultural em Paraty (RJ), da literatura à história. Ou seja, onde quer o visitante vá, ele encontrará as premissas do turismo sustentável nas mais diversas atividades.

Um bom exemplo disso é a exposição “Para uma história cultural de Paraty: 1945-2019”, recém-inaugurada na Casa da Cultura de Paraty (@casadaculturaparaty), um dos principais espaços turísticos da cidade que uma joia da Costa Verde fluminense.

Ali, uma sala é dedicada à EcoTV, televisão comunitária local que fez sucesso nacional nos anos 1990. A mostra leva a uma viagem por oito décadas recentes da cidade, passeia por seus ciclos de turismo, do “isolamento” à “redescoberta”, com a chegada da Rio-Santos, e ressalta temas como participação comunitária e sustentabilidade em projeções da extinta EcoTV. 

Com a primeira transmissão em 19 de novembro de 1991, a EcoTV representou um avanço para o jornalismo comunitário em Paraty. Com sinal aberto e conteúdo educativo, a estação ia ao ar na cidade pelo canal 5 e reproduzia conteúdo da TV Educativa, do Rio, e da TV Cultura, de São Paulo. Reportagens sobre Paraty e Angra dos Reis, debates políticos e programação infantil faziam parte da grade. Temas sobre ecologia entravam na pauta com frequência.

O tema da sustentabilidade segue em pauta e desempenha um papel ainda mais crucial nas cidades reconhecidas como Patrimônio Mundial, por seu valor histórico, cultural e natural. O recorte temporal escolhido, aliás, marca 1945, quando a cidade se tornou Monumento Estadual, e 2019, quando recebeu o título da Unesco.

A sustentabilidade territorial também é beneficiada pela exposição, por meio do resgate e reconhecimento histórico apresentado. “A partir do resgate da memória se fortalece o sentimento de pertencimento dos moradores e a relevância do acervo para os visitantes. A EcoTV contribui também com esse reconhecimento territorial”, conta Mirian Machado, superintendente adjunta de Gestão de Projetos da Casa da Cultura. 

A mostra de longa duração, com entrada gratuita, ficará em cartaz até 31 de março de 2024.

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